Capacitação técnica e execução de muro na Travessa Santo Antônio e São Bento, Itabirito - Primeira Etapa
Sobre o a Técnica
A técnica de alvenaria em pedra seca, que é uma das características distintivas da paisagem das cidades coloniais de Minas Gerais, adquiriu formas singulares no estado, sendo reconhecida internacionalmente por sua aplicação em construções e decorações. No entanto, essa técnica tem se tornado cada vez mais rara, afetando lugares como Itabirito, onde o centro histórico abriga elementos significativos dessa alvenaria em pedra.
Essa técnica é caracterizada pela habilidade dos artesãos em selecionar e posicionar as pedras de maneira a garantir a estabilidade e a durabilidade das estruturas. Comumente utilizada em muros, cercas e edificações, a alvenaria em pedra seca é valorizada por sua estética rústica e pela harmonia que cria com o ambiente natural. Além disso, essa técnica é sustentável, pois utiliza materiais locais e minimiza o impacto ambiental.
As construções em pedra seca não apenas servem a funções práticas, mas também são apreciadas por sua beleza e por sua capacidade de contar histórias sobre o passado. A valorização e a proteção das estruturas de pedra seca são essenciais para manter viva a identidade cultural das cidades mineiras.
Termo de Compromisso
A Capacitação técnica e execução de muro na Travessa Santo Antônio e São Bento, Itabirito, faz parte do Programa Minas Para Sempre e foi contemplado através de TERMO DE COMPROMISSO celebrado em 15 de outubro de 2024, entre o Ministério Público do Estado de Minas Gerais, com interveniência do Centro Mineiro de Alianças Intersetoriais - CeMAIS, e Joaquim Artes e Ofícios, em cumprimento à cláusula 4 do Termo de Compromisso celebrado nos autos da Ação Civil pública nº 5055004-90.2021.8.13.0024.
Objetivo
a produção dos projetos preliminares para o refazimento do muro e escadaria de “pedra seca”, localizados ao fundo da Igreja Matriz Nossa Senhora da Boa Viagem, no centro histórico tombado do município de Itabirito. O referido bem hoje se encontra em terreno desestabilizado e em ruinas de uma estrutura de concreto. A recuperação do muro, de aproximadamente 60 metros lineares, se dará após essa primeira etapa de projeto que consiste na investigação e documentação adequada sobre o local (incluindo projetos básicos e executivos e suas respectivas planilhas orçamentárias). Contará também com a construção de um curso de capacitação gratuita em alvenaria de “pedra seca”, para comunidade local vulnerável, promovendo popularização e difusão das técnicas, educação patrimonial e o resgate do ofício na região